sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Contra o Tempo

 
       A última coisa que Colter Stevens se lembra é de estar pilotando um avião no Afeganistão. Do nada, o militar interpretado por Jake Gyllenhaal ("Amor e Outras Drogas", "Entre Irmãos") acorda num trem e é tratado como um grande amigo por uma simpatica desconhecida, Christina (Michelle Monaghan). Desorientado, percebe que está no corpo de outro homem, pouco antes do trem explodir.
       Esse é o ponto de partida para "Contra o Tempo" ("Source Code"), dirigido por Duncan Jones ("Lunar"). A trama, a partir dai, entra numa espécie de viagem no tempo, proporcionada por uma invenção do governo americano chamado de "código-fonte" em que o personagem vai e volta para a mesma cena o filme todo, tendo sempre oito minutos para completar a sua missão: descobrir quem explodiu o trem para impedir um novo ataque que pode destruir Chicago.
      O filme é interessante, como muitos de ação americanos. Entretanto, falta certa originalidade no roteiro, sendo muito previsível, caindo em soluções óbvias para várias questões. Isso é ruim, mas contribui para o ritmo ágil que se mantém durante quase toda a projeção, deixando o espectador entretido, embora não haja nada de genial na obra: o vai e volta não cansa o público e faz o tempo passar bem rápido.
      Em meio aos clichês do gênero, é empolgante acompanhar o personagem Colter na sua busca pelo terrorista. Gyllenhaal segura o roteiro pobre e encarna muito bem o personagem, apresentando uma doce química com a personagem de Michelle. É impossível não simpatizar com o casal, desde a primeira cena do filme, e essa simpatia segura a atenção até o final.
      É no clímax, porém, que "Contra o Tempo" tenta se diferenciar de filmes como ''Matrix'' e ''O Pagamento'', por exemplo, e trazer algo além de explosões e ação. A partir desse ponto, a obra vira um aglomerado de cenas fofas e cheias de positividade, uma delas, comandada por um comediante que tinha no trem, bem louvável e inesperada, para concluir o filme com algo além da superficialidade dos thrillers de ação: o resultado é bonitinho e vai fazer todo mundo sair com o sorriso do rosto no cinema. Bom mesmo só para passar o tempo.
         

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