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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

As Melhores Músicas Pop de 2012

Há exato um ano, eu preparei para o Pop With Popcorn um top 10 com os singles que considerei os melhores lançamentos de 2011. Chegou a hora das melhores desse 2012 que se encerra em breve. Para isso, uma mudança em relação ao post do ano passado: analiso aqui álbum por álbum, dando a chance de incluir eventuais músicas que não foram lançadas. Ao não colocá-las num ranking, considero que resultará numa forma melhor de indicar coisas novas para os leitores ouvirem. Confira o resultado.


2012 foi um ano em que muitas divas do pop voltaram à ativa. Entretanto, o primeiro grande destaque foi uma novata. Lana Del Rey, que começou divulgando seu álbum de estreia em 2011, estourou com Born To Die. Além da faixa título do CD, completamente diferente de tudo o que foi lançado esse ano, Lana lançou quatro músicas sensacionais: Blue Jeans, Video Games, National Anthem e Summertime Sadness. Quando pensava num ranking para esse ano, essas duas últimas faixas citadas tinham lugar garantido nas primeiras posições. O relançamento, no final de 2012, trouxe mais boas músicas, menos depressivas, e mostrou que veio para ficar. Cola é a que mais se destaca, junto com uma nova versão do clássico Blue Velvet, famoso na voz de Tony Bennett.




Blue Velvet, canção imortalizada no filme homônimo de David Lynch (Veludo Azul), também ganhou uma outra nova versão esse ano. Bennett, que esteve em turnê no Brasil em dezembro, lanço seu terceiro CD de uma série de duetos que vêm promovendo. Viva Duets incluiu Blue Velvet com a brasileira Maria Gadú. Ana Carolina também está presente em The Very Thought Of You e Christina Aguilera mata as saudades da era Back to Basics com Steppin' Out With My Baby.

O ano novamente não foi fácil para Christina Aguilera, em sua última temporada como mentora do The Voice. Seu super aguardado álbum Lotus conseguiu vender menos que Bionic. Pouca gente, portanto, desfrutou de suas novas músicas. Uma pena, pois, novamente, Aguilera entregou um disco com qualidade excepcional, em que o primeiro single, Your Body, é apenas um aperitivo. Em sua tracklist está uma das melhores músicas de sua carreira: Army of Me. E não se limita a isso, já que tem as mais lindas do ano: Blank Page e Sing For Me. Quem se interessar, fiz uma análise mais aprofundada na resenha publicada anteriormente no Pop with Popcorn.



A Rainha do Pop também voltou em 2012. Prometeu um retorno triunfal, e cumpriu. Começou com a incrível performance no Super Bowl, que bateu recorde de audiência; seguiu-se o lançamento do aclamado álbum MDNA e a turnê que foi a maior do ano, em termos de público, repercussão e arrecadação. Infelizmente, os singles patinaram nas paradas, e, com exceção de Gimme All Your Luvin', mal encostaram no Hot 100 da Billboard. Foi um ano incrível para Madonna, em que as músicas Masterpiece, Turn Up The Radio, Gang Bang e Girl Gone Wild ficarão marcadas (apenas, uma pena) para os fãs. Entenda na resenha do show que aconteceu dia 4 de dezembro, em São Paulo. Sobre a veterana, a rapper Nicki Minaj dá seu recado: "só existe uma Rainha, e é a Madonna, bitch".  

Rihanna igualou o número de números #1 na Billboard de Madonna com Diamonds e foi polêmica em sua reaproximação com Chris Brown. O divertido remix de Birthday Cake chocou algumas pessoas. E a resposta veio no decepcionante álbum Unapologetic, com outro dueto, Nobody's Business. A música deve, com certeza, bombar em 2013, se promovida.

Quem também dominou os charts foi a cantora country Taylor Swift, mais pop do que nunca com We Are Never Ever Gettin' Back Together. A crítica de Red também pode ser lida aqui no blog.

P!nk voltou com tudo e seu segundo single, Try, merece ser mais destacado na lista. A poderosa música ganhou um clipe e uma performance no American Music Awards memoráveis. O álbum The Truth About Love trouxe um belo dueto com Nate Ruess, Just Gimme A Reason, e outro com a sumida do cenário musical Lily Allen (agora Lily Rose Cooper), chamado True Love.



Alicia Keys, após o nascimento de seu filho, fez um álbum que considera seu favorito. Impulsionado pela ótima faixa-título do álbum, Girl On Fire, que ganhou três versões diferentes (incluindo uma com Nicki Minaj), ótimas músicas como That's When I Knew, Tears Always Win, New Day e Not Even The King. O segundo single é uma das melhores músicas de sua carreira, a emocionante Brand New Me.

Entre os outros lançamentos do ano, Mariah Carey tentou um retorno triunfante com Triumphant, mas não conseguiu; No Doubt se deu melhor e o destaque é Looking Hot, o terceiro (e mais pop) single de Push and Shove; Ellie Goulding foi redescoberta com Lights e lançou a ótima Anything Could Happen; Florence Welch ganhou ainda mais visibilidade com Calvin Harris em Sweet Nothing; Nicki Minaj não parou um segundo; Pitbull gravou com Shakira em Get It Started e seu novo álbum inclui uma ótima parceria com Christina Aguilera, Feel This Moment, e uma nova versão para a brasileira Tchu Tcha Tcha, com Enrique Iglesias; Call Me Maybe lançou Carly Rae Jepsen ao estrelato; Ke$ha em seu dançante álbum Warrior trouxe, além de Die Young, músicas que vão bombar em 2013, como C'mon; Katy Perry estrelou seu primeiro documentário e bombou com Part of Me e Wide Awake; Por fim, Leona Lewis, que ano passado encabeçou a lista com o melhor single, fez um novo álbum, que passou desapercebido, infelizmente - Trouble e Lovebird foram as músicas escolhidas para divulgar o projeto, que não incluiu Collide nem como faixa bônus.   

2012 foi também o ano em que Kelly Clarkson completou 10 anos de carreira. Sem muitas esperanças com What Doens't Kill You (Stronger) como 2º single de seu quinto CD, recomendei ele no final da lista anterior. E não é que se tornou o maior sucesso da trajetória de Kelly, superando My Life Would Suck Without You? No final do ano, ela lançou sua primeira coletânea, com a excelente Catch My Breath e também outras duas inéditas, incluindo People Like Us, uma poderosa canção que esperamos ser enviada às rádios em 2013.



No quesito de shows internacionais, o de Kelly Clarkson, no Pop Music Festival, foi o melhor. Também tivemos apresentações incríveis de Madonna e Florence + The Machine. As três tiveram a cobertura publicada aqui no Pop with Popcorn. Quem também passou pelo Brasil foram Demi Lovato, Maroon 5, Lady Gaga, Joss Stone e Alanis Morissette.   

Que em 2013 a lista seja tão grande e tão recheada quanto a desse ano! :)

Não deixe de ouvir: 
Army of Me, Brand New Me, Catch My BreathDiamonds, Girl On Fire, National AnthemSummertime Sadness, TryTurn Up The Radio, We Are Never Ever Gettin' Back Together.

E a mensagem de fim de ano:



terça-feira, 26 de junho de 2012

Branca de Neve e o Caçador

          
Os clássicos infantis, ou pelo menos grande parte deles, não eram originalmente histórias para crianças e, ao longo dos anos, receberam diferentes versões, de acordo com a cultura de cada povo que as contava. Muitos desses contos tem origem nas classes camponesas de muito séculos atrás e foram objetos de estudo do historiador Robert Darnton, autor de O Grande Massacre de Gatos, livro que reúne estudos sobre esse tema. Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman) não é o primeiro filme hollywoodiano a reinventar um clássico infantil - ano passado tivemos Amanda Seyfried em A Garota da Capa Vermelha - e provavelmente não será o último, já que ele já tem uma continuação planejada. Será que a moda pegou?

Nessa nova versão de Branca de Neve e os Setes Anões, um rei resgata numa batalha uma prisioneira do exército inimigo, interpretada pela bela Charlize Theron (Jovens Adultos). Eles rapidamente se casam e ela não perde tempo para matá-lo e dominar seu reino trazendo as trevas para ele. Assim, ela se torna a Rainha Má e a bela Branca de Neve, cujo papel é  de Kristen Stewart (Na Estrada, Corações Perdidos), fica órfã. Quando a personagem de Charlize se olha no espelho e descobre necessitar de Branca para manter sua beleza para sempre, a adolescente aproveita para fugir. A Rainha Má mandará então um caçador viúvo (Chris Hermsworth) para trazê-la de volta ao reino.

Não foi dessa vez que um conto infantil ganhou sua versão digna das plateias adultas ou de suas versões originais. Se A Garota da Capa Vermelha era claramente um filme teen, com triangulo amoroso meio bobo (estilo Crepúsculo) mas interessante e uma trama de mistério apropriada, a nova versão de Branca de Neve continua moralista e infantil como a animação da Disney, embora o clima de guerra, obsessão e traição se instale. Ficou mais violento, mais divertido, mas a essência permanece.

Falta ousadia em Branca de Neve e o Caçador. Às vezes ele faz um bom uso de alguns pontos da versão mais conhecida, mas o filme é previsível e cheio de clichês. É uma versão Senhor dos Anéis do conto: parece uma mistura de Robin Wood com Harry Potter (alias, muita coisa lembra essa série nesse longa). É divertido, mas nada surpreendente. Bom mesmo são as atuações: Theron está diva como a Rainha Má e Kristen mais uma vez se destaca. A fotografia do filme e as empolgantes cenas de ação também resultam positivamente.

Em suma, falta um diretor com menos vista para os lucros e mais vontade de inovar para fazer um filme realmente novo baseado num conto. O melhor de Branca de Neve e o Caçador são as duas atrizes e a fotografia - se o filme tivesse mais criatividade valeria bem mais a pena. Dica para a música Breath of Life, da banda Florence and the Machine, logo no início dos créditos finais.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Florence and the Machine - Summer Soul Festival


       A arena Anhembi incendiou ontem (24/01) com o Summer Soul Festival. Em sua segunda edição (a primeira, em 2011, teve Amy Winehouse como atração principal), o cantor Bruno Mars atraiu grande parte da multidão, e foi precedido por Dionne Bromfield, Rox, Seu Jorge e o grande destaque da noite: Florence + the Machine, que fez quem foi assistir somente ela expulsar seus demônios e dançar muito.
       Dionne Bromfield abriu o festival e ficou impressionada com a animação do público, que não conhecia nem ela nem suas músicas, mas aprovou a menina. Foi seguida por Rox, que só animou mesmo quando cantou Only Girl (In The World), da Rihanna. O resto de sua apresentação foi marcada por uma ansiedade de que acabasse logo. O mesmo aconteceu com Seu Jorge, que se apresentou antes de Bruno Mars, com um show monótono.
       Quem foi pra ver Florence Welch com certeza não se decepcionou. As primeiras duas músicas, Only If For A Night e What The Water Gave Me conquistaram a arena, e a ruiva de poderosos vocais e ótima performance de palco se deliciou com a animação de seus fãs e dos fãs de Bruno, no início também animados. Logo embalou dois dos seus singles do álbum Lungs, as poderosas Cosmic Love e You've Got The Love.
        Logo após o início triunfal, a musa, em seu vestido laranja que permitiu uma movimentação suave no palco, homenageou Etta James, falecida dia 20 (confira a homenagem do blog a ela aqui), cantando Something's Got a Hold on Me, à capella. Ela alegou que Etta era o motivo de ela estar naquela noite em São Paulo, insinuando que a diva do blues é uma de suas maiores inspirações. O público delirou com o conhecido refrão do rap do Flo Rida, que inicia a música, mas ficou boiando quando Florence continuou cantando. O que era pra ser um grande momento de animação resultou no único momento em que o pessoal literalmente parou, já que pouquíssimos conheciam o clássico de Etta. Claramente, nenhum fã de Bruno Mars presente viu Burlesque, musical recente que se inicia com um cover de Christina Aguilera para essa música.
         Na música seguinte, Florence embala o público com a mais lenta do setlist, Never Let Me Go. Apenas os fãs cantam, mas todos fazem ondas com os braços. "Vocês deveriam ter visto as ondas, foram incríveis", diz a vocalista da banda. Animada, ela canta Between Two Lungs e Shake it Out, mas quem não era fã desanima um pouco nessas. Logo faz o público pular (e muito) com a sensacional Dog Days Are Over. Leva para o palco a bandeira do Brasil e, a partir daí, canta uma sequência final alucinante, mostrando todo o seu talento como cantora e fazendo seus fãs delirar. Com apenas um gesto, fez todo mundo gritar "Raise it Up!" durante toda a performance de Rabbit Heart. Na penúltima música, Spectrum, os fãs na pista premium levaram bexigas coloridas e todo mundo que conhecia a música, uma das mais animadas do álbum Ceremonials, adorou.
          Florence conseguiu, em grande parte do show, distrair e impressionar quem não a conhecia e levar seus fãs à loucura. Foi o show mais animado dos que antecederam Bruno Mars, e com certeza o melhor. Claramente impressionada pela audiência, ela encerrou dizendo que amava o Brasil e cantando o segundo single de seu mais recente álbum, a ótima No Light, No Light. No final dos setenta minutos de show, os fãs de Bruno pareciam cansados de tanta música desconhecida, mas é inegável que a apresentação de Florence divertiu eles o máximo possível. E quem foi ao festival só para ver a banda, assistiu a um show sensacional e, indiscutivelmente, impressionante. Só faltaram duas ótimas faixas do segundo álbum (Heartlines e All This And Heaven Too) para poder chamar o show de perfeito.


 (As fotos dessa publicação foram copiadas do site da VejaSP)

SetList:
  1. Only If For a Night
  2. What The Water Gave Me
  3. Cosmic Love
  4. You've Got The Love
  5. Something's Got a Hold on Me
  6. Never Let Me Go
  7. Between Two Lungs
  8. Shake it Out
  9. Dog Days Are Over
  10. Rabbit Heart (Raise it Up)
  11. Spectrum
  12. No Light, No Light
[Atualizado em 02/02] Video do show quase completo e uma entrevista com Florence. Confira: